Em muitos momentos repensar a vida é o melhor a se fazer,
faço isso com certa frequência e acredito que por esta razão não perco o foco
de quem realmente eu sou. Vou postar uma das reflexões que faço diariamente,
quem eu realmente sou?
Acompanho um
brasileiro nas redes sociais e a sua visão de mundo, acrescenta muito a minha.
Ele suburbano, pobre e filho de pobre, após utilizar o seu empreendorismo ficou
Milionário e a cada ano sua fortuna aumenta. Todo dia ele escreve um
post motivacional, o de hoje finaliza assim: "Se eu me esqueço quem eu sou
e de onde vim, imediatamente perco a autoridade de lhe dizer que você também é
capaz de mudar a sua realidade de vida. Basta não sucumbir ao coitadismo."
E observo que “sucumbir ao coitadismo” é uma defesa natural que os seres
humanos tem. Culpar o outro, desde Adão e Eva, sempre foi a escolha ideal para
tirar a culpa de si.
Trazendo para minha realidade de trabalho, sou Enfermeiro,
percebo essa prática facilmente dentro do meu ambiente de trabalho. Dentro do
hospital, a Enfermagem é sempre culpada, isso é uma pratica comum, e
internalizada por alguns. O cuidado, em sua grande maioria, fica sobre
responsabilidade da Enfermagem. Uma difícil tarefa executada dia após dia com
afinco e dedicação. O cuidado é visto como algo natural e sem grande status,
portanto quem troca uma fralda, já se considera um “Enfermeiro”. Está visão faz
com que a assistência, em alguns momentos, se torne desgastante. Já presenciei situações, que o paciente
julgava o trabalho do profissional de Enfermagem menos importante e não seguir
as orientações. Já fui diversas vezes ao paciente e com paciência e autoridade,
convenci de que a orientação feita por mim ou por meu colega estava correta.
Todos os dias, nós seres humanos, precisamos matar um Leão
nessa selva. É difícil pegar trem/Metrô/Ônibus lotado, ao final do mês olha o holerite
e percebe que vai ter que vender alguém da família, difícil ter um ente querido
doente ou viver em um ambiente perigoso. Mas culpar ao outro, ou até mesmo Deus,
Não vai mudar a trajetória da minha vida.
Muita coisa dentro da Enfermagem deve mudar (Salário, carga
Horaria, reconhecimento e muito mais). Na minha opinião, a “faxina” deve
começar em casa, ou seja, dentro de cada profissional. Deixando a pratica do “coitadismo”
de lado e acreditando na importância da sua atividade diária. Estudando mais,
agregando valores e somando para as pessoas que o cercam.
Quem eu sou?
Após analisar bastante sei que sou: Pai, Pobre, Enfemeiro,
Brasileiro, Flamenguista, Heterossexual, Barrigudo, Narigudo, Chato, Amigo,
interessante, feliz e muito mais. Prazer, Saulo Ramos Ribeiro.
Agora, quem é você?